PREÇO DA PASSAGEM EM BH: MITO E REALIDADE

O valor do preço da passagem do transporte público em BH não é o mais caro do país, nem nominal nem relativamente

A questão do valor cobrado ao cidadão pelo uso do transporte público mobiliza esforços que se utilizam de levantamentos e análises, no mundo inteiro e, sobretudo, cabeça fria, diálogo e planejamento. Serviço essencial à vida diária de indivíduos e organismos públicos e privados, o preço da passagem envolve fatores diversos, dos privados aos públicos.

Seja lá por qual lado se enxergue, torna-se um problema de primeira grandeza nos desafios diários do poder público. Mas, da mesma forma, entre as empresas que trabalham com o setor e, claro, entre os usuários e entre os milhares de trabalhadores envolvidos com o segmento.

Não sem intensos debates, mas exatamente por conta deles, há uma consciência se cristalizando no país, que parte que partem, já, de entendimentos internacionais sobre o tema, de que é necessária a participação efetiva do poder público na composição dos preços das passagens.

Essa participação do poder público acontece de muitas maneiras, principalmente por meio do planejamento no campo da mobilidade urbana, no sentido da otimização do trânsito do transporte coletivo e individual, dos passageiros, dos ciclistas, dos transeuntes, dos motoqueiros etc.

Lógico que entre as medidas que envolvam maior participação do poder público está a do subsídio ao transporte coletivo, tendo em vista o seu papel eminentemente social, em detrimento dos custos para sua manutenção pelas empresas privadas.

Não foi à toa que o Senado Federal aprovou, por unanimidade, nestes dias, o projeto que institui o Programa Nacional de Assistência à Mobilidade dos Idosos em Áreas Urbanas (Pnami), prevendo subsídio federal para que a gratuidade a essa parcela da população seja possível.

No plenário, prefeitos de todas as partes do país fizeram coro com os senadores refletindo o que está na cabeça de todos eles, quando se fala em transporte público: é preciso a participação financeira do Estado para viabilizá-lo.
Estudantes também necessitam de gratuidade para que não sejam prejudicados em seus estudos, fundamentais para o futuro do país, por conta do preço de passagens a se tornarem empecilhos para eles.

O importante é prevalecer o entendimento de que não pode haver um bom encaminhamento para essa questão, nem em Belo Horizonte nem em cidade alguma desse país, sem que todas as partes se unam em um debate franco e objetivo na busca de encontrar soluções ao problema.
Aqui em Belo Horizonte é costume a divulgação de um mito, de uma informação irreal: a de que o preço da passagem na capital mineira é o mais alto do país. Nem sequer nominalmente isso é verdade. E se observadas as condições gerais de mobilidade urbana em BH e de subsídios com as de outras cidades do país, é que a informação não se sustenta.

Por tudo isso, nós que fazemos o SetraBH acreditamos que é possível, sim, melhorar. Mas, para isso, deve haver uma colaboração com a prefeitura, Câmara de Vereadores, além de atuação do Estado e da União.

O SetraBH está, portanto, aberto ao diálogo e pronto para implementar mudanças que vão trazer benefícios para os usuários do transporte público em Belo Horizonte. Vamos conversar, isso é o que é importante!

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